terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Artigo da Semana

400 mais ricos do mundo aumentaram 

fortuna em US$92 bilhões em 2014



O lucro de multimilionários como o chinês Jack Ma, líder do Alibaba, contrasta com a desigualdade que alargou o abismo entre ricos e pobres neste ano.
As pessoas mais ricas do planeta ficaram ainda mais ricas em 2014, adquirindo pelo menos 92 mil milhões de dólares na sua fortuna coletiva, revelou o Índice de Bilionários da Bloomberg. O patrimônio líquido dos 400 multimilionários mais ricos do mundo foi de 4,1 trilhões de dólares conforme dados divulgados em 29 de dezembro de 2014.

De acordo a agência de notícias financeira norte-americana, os lucros deste ano acontecem no meio da queda nos preços da energia. A bloomberg também responsabiliza a “turbulência geopolítica” incitada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, que teria favorecido alguns desses multimilionários.
Em 2014, o principal vencedor foi Jack Ma, co-fundador do Alibaba Group Holding Ltd., a maior empresa de comércio eletrónico da China. Ma, um ex-professor de inglês de 50 anos que iniciou a empresa no seu apartamento em 1999, obteve um lucro anual de 25,1 bilhões de dólares, ultrapassando Li Ka-shing, o então homem mais rico da Ásia.

Além de Ma, outros dois ganhadores neste ano foram Warren Buffett e Mark Zuckerberg, nos Estados Unidos. Diretor executivo da empresa Berkshire Hathaway, Buffet obteve lucro de 13, 7 bilhões de dólares. Já o criador do Facebook acrescentou à sua riqueza mais 10,6 bilhões de dólares nos últimos 12 meses.
Em 2014, Buffet ultrapassou no posto de segundo homem mais rico do mundo o multimilionário mexicano Carlos Slim, que lidera um conglomerado de comunicações. O cargo de mais rico do planeta ainda é do co-fundador da Microsoft Bill Gates, que mantém uma fortuna de 87, 6 bilhões. No Brasil, Jorge Paulo Lemann, o mais rico do país, teve aumento de 3,2 bilhões no seu bolso.

De acordo com o grupo Oxfam, em relatório publicado em outubro deste ano, o número de multi milionários do planeta dobrou desde 2008, quando se deu inicio à crise financeira à escala global. De acordo com o material, as 85 pessoas mais ricas têm o equivalente à metade mais pobre do mundo.
À Agência Brasil, o diretor da Oxfam no Brasil, Simon Ticehurst, explicou que entre as causas da desigualdade, que aumenta cada vez mais o fosso entre ricos e pobres, está o “fundamentalismo do mercado”, que promove um crescimento econômico, beneficiando apenas a elite.

O relatório "Credit Suisse 2014 Wealth Report"o aponta que 0,7% da população concentra 44% da riqueza mundial, enquanto 69,8% da população mundial detém apenas 2,9% da riqueza. Em 2013 os 0,7% mais ricos concentravam 41% da riqueza mundial.
 
Artigo publicado por Opera Mundi, com dados atualizados por esquerda.net
fonte: http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia/400-mais-ricos-do-mundo-aumentaram-fortuna-em-US$92-bilhoes-em-2014/7/32556 
05/01/2015 - Copyleft


A partir de uma pesquisa elaborada por um professor de Harvard, foi feito um vídeo (Wealth Inequality in America) sobre como os estadunidenses pensam ser a estrutura distributiva da sua riqueza nacional e como seria a ideal distribuição de renda. Os resultados são interessantes. (As legendas estão em português). 

sábado, 15 de novembro de 2014

Artigo da Semana

Representação política versus participação política
Maria Helena Versiani*

Anos eleitorais são momentos em que ganha particular visibilidade a questão da participação dos cidadãos na construção de sociedades democráticas. O assunto é controverso e recentemente, no Brasil, à época da elaboração da atual Constituição Federal – a Constituição Cidadã, de 1988 –, emergiu como o “pano de fundo” de uma série de lutas empreendidas pela ampliação dos direitos sociais dos brasileiros.

A participação dos cidadãos na política foi objeto de minha pesquisa de doutorado e volto a ela neste artigo, agora privilegiando o debate sobre os limites dos sistemas representativos eleitorais para a consolidação de sociedades democráticas.

Analistas de grande reconhecimento – entre eles James Madison, Alexander Hamilton e John Jay – defendem a superioridade do sistema representativo eleitoral frente à democracia participativa direta. Os seus argumentos centrais giram, primeiramente, em torno do entendimento de que é impossível mobilizar parcelas expressivas da população a cada tomada de decisão necessária ao exercício dos governos (a despeito de quaisquer recursos tecnológicos que hoje se colocam como elemento de apoio às práticas da participação direta). Em segundo lugar, argumentam que a representação eleitoral é um modelo político muito mais eficiente do que a participação direta porque garante que os gestores eleitos tenham condições de realizar as suas funções governativas sem correrem o risco de “cair” no campo minado dos vários e conflitantes interesses dos cidadãos.



Na contramão desse pensamento político, que tem longa tradição no Brasil, há quem defenda – a exemplo de Marquis de Condorcet – que os processos eleitorais em si não garantem a democracia quando a participação dos cidadãos limita-se à escolha dos seus representantes. Isto porque os representantes eleitos, mesmo quando comprometidos com programas partidários e promessas eleitorais, invariavelmente assumem também compromissos com os seus partidos, aliados políticos e financiadores de campanhas, agindo muitas vezes a partir de interesses individuais relacionados, não com a promoção da democracia social, mas com a sua própria perpetuação no poder e/ou consolidação de situações de privilégio.

Nessa perspectiva, para ser democrático, um sistema político não pode prescindir da participação efetiva da sociedade nas decisões de governo, não apenas nos momentos eleitorais, mas também impondo limites ao poder estabelecido. É preciso que se criem instrumentos que permitam contestar e recriar o exercício da autoridade política, a partir dos interesses dos cidadãos, interesses, aliás, que estão sempre sujeitos a mudanças.
A constituição de sociedades democráticas exige interação contínua e dinâmica entre as instituições governamentais e a sociedade, a partir da criação de mecanismos de controle e de supervisão dos processos políticos pelos cidadãos, para além dos momentos eleitorais. É o que sugere Nadia Urbinati, por exemplo, ao observar que o sistema representativo que situa a soberania popular restritamente nos processos eleitorais é um ato de delegação dessa soberania a certos políticos. Nesse caso, segundo a autora, cria-se um dualismo entre Estado e sociedade em que a representação está dentro dos domínios do Estado e a participação da sociedade restrita aos procedimentos eleitorais. Após cada eleição, a “nação soberana” só se expressa por intermédio dos seus representantes eleitos. Estes se tornam senhores das decisões políticas, às quais resta aos seus eleitores se “submeter”. O evento eleitoral acaba, pois, por conferir a um grupo de políticos o poder de, com enorme liberdade, deliberar pelos cidadãos.


Porém, em sociedades verdadeiramente democráticas o representante não substitui o “soberano político”, pois que os seus atos de decisão devem estar conectados com os interesses da sociedade, sendo por ela sistematicamente ratificados. Aos cidadãos, cabe não apenas eleger representantes, mas também criticar e condicionar permanentemente a sua atuação, por meio da ativação de um processo comunicativo sistemático, envolvendo formas de autorrepresentação extraeleitorais, independentes dos representantes eleitos ou mesmo de sua aprovação/reprovação.

A par desse debate, a perspectiva de novas eleições no Brasil desponta não só como nova oportunidade de eleger bons representantes. Trata-se também de momento propício para pensar e comprometer os candidatos com as reformas que se fazem necessárias tendo em vista a efetiva democratização do sistema político brasileiro.

*Doutora em História, Política e Bens Culturais pelo CPDOC/FGV e pesquisadora do Museu da República

Fonte: Boletim UFMG

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Marcados para morrer.

 O assunto abordado pelo Programa "A Liga” de maio de 2012 mostra o dia a dia de algumas pessoas que são ameaçadas de morte devido ao exercício de suas atividades de trabalho. O programa convida a reflexão sobre temas como direitos humanos, violência, corrupção, política dentre outros. Confira o programa na íntegra no vídeo abaixo.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Juventude, inovação e liderança.


O papel da AIESEC BH na sociedade belo-horizontina. 
William Azalim* 


Revolução Francesa, Semana de Arte Moderna, Primavera Árabe. Movimentos amplamente conhecidos, de realidades distintas, porém com uma semelhança: a busca pelo novo. Pensamento livre, novas ideias, capacidade de um pensar diferente do outro, características indispensáveis para o progresso material e moral da população.

E assim vem atuando a juventude belo-horizontina: movimentos políticos, culturais e de conscientização, como o #ForaLacerda, a Praia da Estação e o #PedalaBH, demonstrando a inquietude de uma nova geração, que sonha com uma sociedade mais igualitária, consciente e responsável.

Nessa mesma esfera encontra-se a AIESEC, uma organização mundial de jovens que por meio de experiências filantrópicas e profissionais, seja no exterior ou no Brasil, objetiva a formação de líderes inovadores e com responsabilidade social, capazes de causar um impacto positivo na sociedade.

Reconhecida pela ONU e com 50 mil membros espalhados em 110 países, a AIESEC teve seu escritório aberto em Belo Horizonte em 1973, e, ao longo desses quase quarenta anos, vem oferecendo, aos universitários e à sociedade mineira, diferentes ferramentas para a construção de uma nova e melhor realidade.

Com o intuito de ampliar o acesso a esse vasto conhecimento, a AIESEC BH está selecionando novos membros em 2012, oferecendo diferentes programas que se adaptam aos mais distintos perfis profissionais. As inscrições para o processo seletivo do primeiro semestre da AIESEC BH estão abertas. Até o dia 14 de março, todos universitários (Graduação, Pós-graduação, Doutorado e Mestrado), de até 30 anos, podem se candidatar pelo site  www.aiesec.org.br/belohorizonte. Para se inscrever e obter mais informações basta acessar o site.


*Graduando em Engenharia de Produção pela UFMG. 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Somos Todos Pinheirinho


*Imagem 1

Este post é um apelo para que vejam e se informem a respeito do caso Pinheirinho em São José dos Campos - SP. Esse é um fato asqueroso, horripilante e lamentável que aconteceu nas últimas semanas. Até o momento não foi possível entender o porquê de tanta injustiça e violência. 

Os vídeos relacionados abaixo esclarecem um pouco sobre o caso, mas a verdade é que o silêncio da mídia e indiferença das pessoas mostram como a sociedade brasileira , de modo geral, ainda é conivente e cumplice da violência praticada pelo Estado através da Polícia Militar de São Paulo e do Tribunal de Justiça de São Paulo. 

#ForçaPinheirinho
#SomosTodosPinheirinho!
#PinheirinhoJamaisSeráEsquecido

Imagem: PINHEIRINHO (2012) - GUERNICA (1937). Imagem copiada do Facebook de Diego PeñaCastellon


1- O Massacre de Pinheirinho: A verdade não mora ao lado - legendas em inglês, espanhol e francês. 




2- Violência gratuita da Polícia Militar contra um senhor morador do Pinheirinho




3- Ricardo Boechat comenta sobre o caso do massacre do Pinheirinho.




4- Audiência Pública Sobre o Pinheirinho - Defensor Jairo Salvador


5- Pinheirinho - Tiraram minha casa, Tiraram minha vida



Áudios





quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Debate com os idealizadores do Tropa de Elite 1 e 2

Freixo (PSOL-RJ), o antropólogo Luiz Eduardo Soares, ex-secretário nacional de Segurança Pública, e o ex-oficial do Bope Rodrigo Pimentel participaram de um debate promovido pelo jornal Folha de S.Paulo para discutir a atuação da polícia e das Forças Armadas no Rio de Janeiro. A mediação é da repórter especial Claudia Antunes.  

Parte 1

Parte 2

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Desenvolvimento a Ferro e Fogo

A Companhia Siderúrgica do Atlântico é o primeiro bloco dos gigantescos empreendimentos industriais previstos para o entorno da Baía de Sepetiba. A empresa ainda não recebeu licença de operação definitiva e já acumula diversas multas por danos ambientais e sociais. A população pede socorro. A narração do vídeo é de Wagner Moura. Uma realização Ibase com apoio da Revenue Watch.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ocupações Urbanas.

"Ocupar não é crime. Crime é manter um prédio público vazio e abandonado em detrimento de várias famílias que estão nas ruas sem moradia."


A experiência de arrombar prédios e criar novos espaços de moradia das famílias sem-teto do Rio de Janeiro em um documentário que mostra uma série de despejos forçados pelo Estado.

VLADIMR SEIXAS
Direção, Montagem, Fotografia e Som Direto, Roteiro, Finalização e Produção.

CHAPOLIM
Assistência de direção, Fotografia e Som Direto.

Longa-metragem
92 min | Cor | NTSC | HD | 2010

vladimirps@gmail.com
www.gumefilmes.blogspot.com
www.filmeatrasdaporta.blogspot.com